Iodoterapia para Câncer de Tireoide: o que você precisa saber
- Eric Taninaka
- há 1 dia
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A iodoterapia, também chamada de tratamento com iodo radioativo (I-131), é um método utilizado em alguns casos de câncer de tireoide para destruir células que restaram após a cirurgia ou tratar focos da doença que possam ter se espalhado.
Como funciona
O iodo é um mineral que a tireoide utiliza para produzir hormônios.Quando damos iodo radioativo, ele é captado principalmente pelas células da tireoide e pelas células do câncer de tireoide, liberando radiação diretamente nelas, o que as destrói sem prejudicar muito outras partes do corpo.
Quando é indicado
Nem todos os pacientes precisam de iodoterapia.Normalmente, ela é indicada quando:
O câncer apresenta maior risco de retorno (recidiva).
Há metástases (doença que se espalhou).
Restaram tecidos tireoidianos após a cirurgia.
O médico avalia caso a caso, considerando o tipo e o tamanho do tumor, além dos resultados de exames.
Como é o tratamento
Preparo
Pode ser necessário suspender temporariamente o hormônio da tireoide ou usar uma injeção especial (TSH recombinante) para aumentar a captação do iodo.
Dieta pobre em iodo por cerca de 2 semanas antes do tratamento.
Administração
O iodo radioativo é dado em cápsula ou líquido, geralmente em dose única.
Isolamento temporário
Como o corpo elimina parte da radiação pela urina, suor e saliva, é necessário manter alguns cuidados para proteger familiares e pessoas próximas por alguns dias.
Efeitos colaterais possíveis
A maioria é leve e temporária:
Alteração no paladar ou boca seca.
Inchaço e desconforto nas glândulas salivares.
Náuseas leves.
Cansaço nos dias seguintes.
Cuidados após a iodoterapia
Beber bastante água para ajudar a eliminar o iodo.
Evitar contato próximo prolongado com crianças e gestantes por alguns dias.
Seguir todas as orientações de isolamento e higiene passadas pelo médico.
Considerações finais
A iodoterapia é um tratamento seguro e eficaz em muitos casos de câncer de tireoide. Com acompanhamento médico adequado, a maioria dos pacientes leva uma vida normal após o tratamento.