Câncer de Tireoide: Entenda o Diagnóstico e o Tratamento
- Eric Taninaka
- 30 de jul.
- 2 min de leitura

O câncer de tireoide é uma doença que, na maioria das vezes, tem boa evolução quando diagnosticado precocemente. Neste post, vamos explicar de forma simples como é feito o diagnóstico e quando a cirurgia é indicada.
Como é feito o diagnóstico?
Tudo geralmente começa com um exame chamado ecografia (ou ultrassom) da tireoide. Esse exame é feito para avaliar se há nódulos na glândula.
📊 Classificação TIRADS
Durante a ecografia, o médico avalia as características do nódulo e dá uma nota chamada TIRADS (sigla em inglês para "Sistema de Dados e Relatórios de Imagem da Tireoide").
Essa classificação vai de 1 a 5, conforme o risco de câncer:
TIRADS 1 ou 2: nódulos benignos, sem risco de câncer.
TIRADS 3: risco baixo.
TIRADS 4: risco moderado.
TIRADS 5: risco alto de câncer.
📌 Quando é indicada a punção?
Além da classificação, o tamanho do nódulo também influencia na decisão de fazer a punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Veja a seguir:
TIRADS 3: PAAF se o nódulo for maior ou igual a 2,5 cm
TIRADS 4: PAAF se for maior ou igual a 1,5 cm
TIRADS 5: PAAF se for maior ou igual a 1,0 cm
Nódulos menores que esses limites geralmente apenas são acompanhados com exames periódicos, salvo exceções avaliadas pelo especialista.

💉 Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
A PAAF é um exame rápido e pouco doloroso. Usa-se uma agulha bem fina para retirar uma amostra do nódulo, que é analisada ao microscópio.
O resultado vem classificado pelo sistema Bethesda, que vai de I a VI:
Bethesda I: material insuficiente – pode ser necessário repetir a PAAF
Bethesda II: benigno.
Bethesda III e IV: resultado indeterminado – pode ser necessário repetir a PAAF ou operar.
Bethesda V e VI: suspeita ou confirmação de câncer.
🧑⚕️ Quando é indicada a cirurgia?
A cirurgia da tireoide (tireoidectomia) é indicada nos seguintes casos:
Câncer confirmado ou altamente suspeito (Bethesda V ou VI).
Nódulos indeterminados (Bethesda III ou IV) com fatores de risco.
Nódulos grandes que causam sintomas como rouquidão, compressão ou dificuldade para engolir.
Presença de metástases em linfonodos (gânglios do pescoço).
O tipo de cirurgia (parcial ou total) depende de vários fatores, como o tamanho do tumor, localização e presença de acometimento nos gânglios.
A indicação cirúrgica sempre é individualizada após analise geral do paciente e as características do tumor, por este fato, de grande importância uma avaliação com especialista.